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Revolução de 32
Revolução de 32

 

As histórias de Cruzeiro, a capital da Revolução Constitucionalista de 1932

 

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Há 82 anos, Cruzeiro e outras cidades da RMVale foram palco de um capítulo importante da história do Brasil e do Estado de São Paulo, a Revolução Constitucionalista de 1932. Em suas fronteiras, soldados da região defenderam o ideal paulista, travaram diversas batalhas e protagonizaram uma história que deu à cidade o título de capital da revolução.Na cidade, as marcas da revolução ainda sobrevivem e se tornaram pontos turísticos, como o Grande Túnel da Mantiqueira na divisa com Passa Quatro (MG), cenário de uma das mais sangrentas batalhas entre os pracinhas paulistas e as tropas de Getúlio Vargas para defender a promulgação de uma nova constituição no país."Só no Grande Túnel da Mantiqueira encontrei 200 corpos, mas acredito que existem muitos outros, porque tem ainda os que moravam lá e que tomaram por exemplo balas perdidas. Encontrei nesta trincheira, cinco soldados de São José dos Campos, 19 de Lavrinhas, alguns de Cruzeiro, e soldados do estado todo. A revolução matou mais brasileiros que a Primeira e a Segunda Guerra Mundial", conta o historiador do Museu Major Novaes em Cruzeiro, Carlos Felipe do Nascimento, que dedicou anos de estudo à Revolução Constitucionalista de 1932.Em diversos pontos da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, os soldados paulistas fincaram trincheiras. Durante a batalha, muitas pessoas tentavam fugir das cidades da RMVale, civis que não concordavam ou simplesmente não queriam lutar. "Eles tentavam sair em caminhões, escondidos sob lonas, mas morriam, porque eram metralhados pelas tropas federais. Talvez porque usavam uma lona similar a militar".Outro episódio fatídico na revolução em Cruzeiro aconteceu próximo à antiga estação de trem da cidade. "Como naquela época não haviam ainda muitos aviões, quando um avião federal sobrevoou a cidade, muitas pessoas saíram na rua para ver, admirados. Nesse momento, uma mulher empurrou um carrinho com um bebê e do avião soldados de Getúlio Vargas metralharam a criança e ainda atingiram muitos outros civis", explica.Nascimento conta que quem viaja ainda hoje pela via Dutra sentido Rio de Janeiro, pode verificar que a maioria das pontes de acesso das cidades depois de Cruzeiro até Queluz são bem parecidas. "Elas foram destruídas todas ao mesmo tempo, numa tentativa das tropas de impedir o avanço dos federais. Depois foram refeitas ao mesmo tempo e com o mesmo formato. Mas mesmo com essa iniciativa, muitas pessoas nesta região morreram".Um trem blindado foi uma das armas usadas por São Paulo durante a revolução. O historiador conta que o trem conhecido também como fantasma da morte, entrava entre as tropas inimigas e disparava contra tudo e todos. "Ele era contudo vulnerável. Para parar era apenas estourar os trilhos que ele não voltava. E foi isso que fizeram na altura de Queluz", explica Nascimento.Foi tentando consertar os trilhos e reativar o trem, que um cruzeirense disse uma das frases mais famosas da revolução. O capitão do Exército, Manoel de Freitas Novaes, conhecido como Capitão Neco, era comandante das tropas na região e tinha a missão de colocar o trem blindado para andar novamente. "Ele foi com um destacamento, mas os soldados desistiram no caminho. Contudo, o capitão manteve sua posição. Quando foi cercado pelos inimigos, foi questionado diversas vezes. Diziam: paulista se renda, e ele respondia que 'um paulista morre mas não se rende'. Ali foi ferido e acabou morrendo em Cruzeiro".Dois dias após o início da revolução, mais de cem soldados já estavam no Grande Túnel da Mantiqueira, dando início aos primeiros conflitos. O fim da luta também acontece em Cruzeiro. O Armistício, termo de cessação do conflito, foi assinado em uma Convenção Militar no dia 2 de Outubro de 1932, no Grupo Escolar Dr. Arnolfo Azevedo, que na época foi transformado em quartel-general das tropas paulista. Hoje no local fica a Praça 9 . hhhhhh Em 1930 o presidente Washington Luiz rompe a política do Café com Leite -onde Minas Gerais e São Paulo se revezavam no comando do país- e indica um outro paulista para seu lugar, Júlio Prestes, que vence as eleições. Os mineiros indigna dos não aceitam e em um golpe de estado levam Getúlio Vargas ao poder.Uma vez no comando, Vargas anula a Constitu ição Federal de 1981 e tira do poder governa dores de diversos estados brasilei ros, no lugar dos quais nomeia diversos interven tores. Revoltados, os paulistas inten sificam as manifestações.Já em 1932, se multipli cam as manifestações populares no Brasil por causa do descontentamento do povo com o cenário político estabelecido por Vargas. A repressão a uma dessas manifestações acarretou na morte de quatro jovens, Martins, Miragaia, Dráuzio e Cardoso em São Paulo. Sob a sigla MMDC (iniciais dos jovens mortos) o movimento paulista se ergueu para que se estabelecesse no país uma nova constituição.Para essa luta, que começou em 9 de julho de 1932 e culminou em um dos maiores conflitos armados do século XX em solo brasileiro, deram o nome de Revolução Constitucionalista. Os paulistas perderam o embate armado, mas conseguiram que uma nova constituição fosse estabelecida dois anos depois em 1934.